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13 de fev. de 2011

O amor romântico está cada vez mais sumido. Não que ele não exista, mas é que ele parece existir cada vez mais distante da realidade em que vivemos, onde a correria reina e mal temos tempo para nós mesmos, para meditarmos sobre as nossas vidas, colocar os sentimentos no lugar, organizar a casa interior. E devido à nossa bagunça interior é tão fácil confundir esse sentimento de amor romântico, apaixonado, com carência pura, que fica difícil acreditar que alguém possa te amar assim, sendo bem mais fácil acreditar que a pessoa está carente. Mas e se tudo passar e o sentimento nela continuar mesmo que seu comportamento se modifique? Seria mesmo carência?

O carente praticamente implora por atenção de inúmeras formas (cobrando atenção, criticando, implicando, etc), já o romântico dá atenção gratuitamente.

Agora...
Quem nunca se sentiu carente de um abraço? De um elogio? De um beijo? De um cheiro?...

Felizmente, carência suprida, normalidade estabelecida.

Para não confundir as coisas é bom colocar a casa em ordem e ver o que você gosta e não gosta na pessoa, descobrir o que é que faz com que você queira ficar com ela. Pesar os prós e contras. Isso ajuda a refletir sobre seus sentimentos em relação à pessoa e pode evitar enganos e mágoas.

Afinal, ou a gente gosta ou não gosta. Não existe aprender a gostar, e sim se acostumar, aceitar, resignar-se. Só que às vezes a bagunça interna é tão grande que a gente nem sabe o que sente...